Foto y biografía: www-festivaldepoesiademedellin
TARSICIO VALENCIA
( Colômbia )
Tarcicio Valencia nasceu em San Andrés de Cuerquia - Antioquia, Colômbia, em 1955.
Estudou Filosofia e Letras na Escola La Playa da UPB, universidade onde trabalhou por mais de vinte anos. Em sua pesquisa A poética do Novo Mundo nas Crônicas das Índias , sintetiza suas leituras no Archivo de Indias com a linguagem barroca americana, ensinando-nos a interpretar a crônica como um gênero contingente à realidade maravilhosa de nossa poesia. Autor de Juan Rulfo, fotógrafo —onde compila o turbilhão silencioso da imagem nas lentes do mestre mexicano—, e coautor das investigações Retrato de José Lezama Lima e Fernando Vallejo, condição e figura, tem promovido estudos em poéticas e ciências da linguagem na cidade. Os poemas Árvore Ferida ; O Jardim das Rosas ; Futuro Mar e os ensaios líricos Tratado de los Ángeles e Uma estrela ao lado da lua são típicos de uma maturidade poética com que desvenda os símbolos lançados no seu caminho para nos dar uma canção de amor ao mistério criativo. Há quatro anos trabalha com alunos de Filosofia e Letras na Sala de Poesia Aberta Déxima Musa.
Última atualização: 07/09/2021
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
MUESTRA DE POESÍA DE MEDELLIN 1950-2011. Carátula: Germán Londoño. Medellín, Colombia: 2011. 381 p.
ISBN 978-958-44-8484-0 Ex. bibl. Antonio Miranda
ARS POÉTICA
"Como la noche, voy por el mundo,
Para hablar tengo un don secreto:
Apenas lo miro a la faz,
Conozco a quien me ha de escuchar:
A ese le digo mi cuento:
Samuel T. Coleridge. (La canción del viejo Marino)
La palabra revelada
Poesía como vía de conocimiento ante el misterio
Palabra iniciática que ahora se pronuncia
Ora se musita Ora se silencia
El poeta descifra su lenguaje
Eros ilusorio inconstante ha muerto
Todo suave tañendo La cabeza inclinada hacia la música
Y dedos extraviados
Sobre un instrumento
No hay palabra ni signo
que lo puedan disuadir
Ahora es un extraño
La poesía celebra
Dionisios el dios de la iluminación divina
Diga la reinante.
HERIDO ÁRBOL
Ya el pensamiento no te encuentra de pie
Junto al río
Ya la madrugada es triste con tu ausencia
Tu cuerpo líquido tus círculos y tus humores
se fueron con el cerrojo de la llama
Un largo dolor atravesó el aire
Ni tus hojas escaparon al juego de los niños
Necesitaba tu talle para dormirme
Tu corazón taciturno dando vueltas por el viento
Tu sombra amiga me reinventaba por el mundo
Ahora lloro sentado a tu raíz
Espero imprudentemente la noche que nos ama
La palabra y el olvido de los hombres
¿Dónde creceremos libremente
¿Dónde con nuestro cuerpo entero y no roto?
¡Ah Amigo! Pero estamos en tierra de nadie
Anónimos e invocando el infinito
JARDÍN DE LA ROSA
La rosa del jardín
Blanca abre sus pétalos
Lluvia amorosa de la tarde
Cae lenta y oblicua La fuente se renueva
Juguetea el colibrí como el relámpago
Es el azul plomo entre los árboles
Lee los signos en el abierto libro
Dados están el amor y la luz
En el verde de los campos
Es el silencio Jardín de la rosa.
ES OTRO
Soy el paso del dios de los ganados
Una nave a merced del sueño soy
Me ocupo de sueños que no recuerdo
Mi cuerpo vase por misterios
Me cubro de espantos
Mi silla es retirada
Me quedo solo y sin palabras en el patio
Otro habita en mí invisible como la muerte.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
ARS POÉTICA
"Como a noite, vou pelo mundo,
Para falar tenho um dom secreto:
Apenas o miro na face,
Conheço quem deve me escutar:
A esse eu digo meu conto:
Samuel T. Coleridge. (La canción del viejo Marino)
A palavra revelada
Poesia como via de conhecimento ante o mistério
Palavra iniciática que agora se pronuncia
Ora se musita Ora se silencia
O poeta decifra sua linguagem
Eros ilusório inconstante faleceu
Todo suave tocando A cabeça inclinada para a música
E dedos extraviados
Sobre um instrumento
Não tem palavra nem signo
que o possam dissuadir
Agora é um estranho
A poesia celebra
Dionísio o deus da iluminação divina
Diga a reinante.
ÁRVORE FERIDA
O pensamento já não te encontra de pé
Junto ao río
A madrugada é triste com tua ausência
Teu corpo líquido teus círculos e tus humores
se foram com a fechadura da chama
Uma dor longa atravessou o ar
Nem tuas folhas escaparam do jogo das crianças
Necessitava de tua cintura para dormir
Teu coração taciturno dando voltas pelo vento
Tua sombra amiga me reinventava pelo mundo
Agora choro sentado em tua raiz
Espero imprudentemente a noite que nos ama
A palavra e olvido dos homens
Onde cresceremos livremente
Onde com nosso corpo inteiro e não partido?
Ah, Amigo! Mas estamos na terra de ninguém
Anônimos e invocando o infinito
JARDIM DA ROSA
A rosa do jardím
Branca abre suas pétalas
Chuva amorosa da tarde
Cai lenta e oblíqua A fonte se renova
Brinca o colibri como o relâmpago
É o azul chumbo entre as árvores
Lê os signos no livro aberto
Dados estão o amor e a luz
No verde dos campos
É o silêncio Jardim da rosa.
É OUTRO
Sou o passo do deus do gado
Uma nave a mercê do sonho eu sou
Me ocupo de sonhos de que não recordo
Meu corpo vase por mistérios
Me cubro de espantos
Meu assento é retirado
Fico sozinho e sem palavras no pátio
Outro habita em meu invisível como a morte.
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Página publicada em janeiro de 2022
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